sábado, 24 de setembro de 2016
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Nau Lua
Escrito por
Angela Gomes
Ensina-me
uma canção
Para
despertar a lua
Desencantá-la
do seu sono
Imerso na densidade das esferas
Componha
uma canção
Isenta
de pecados
Dissolva-os
com a saliva
Do
nosso amor trocado
Componha
uma canção
Com
notas soltas
E
acordes de jasmim
Que
seja doce e,
Dissolva
na boca
Das
noites lilases
Na
transparência do negro azul mar
fim
Afete
O
amor
O
amargo
O denso
O fraco
Clareie a lua
A
sua canção
O
afeto
O
gosto
O
som
De cifra
Astro irradiado
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Svalbard, I Love You
Escrito por
André Bortolon
Durante seis meses, tive a oportunidade única de morar na cidade mais ao norte do mundo: Longyearbyen, no arquipélago de Svalbard. Graças a um convite muito especial do explorador do ártico Chicco Mattos, consegui passar esse tempo de minha vida em um lugar ímpar.
Dona de uma natureza exuberante, com um clima subpolar, Svalbard possibilita aos seus visitantes e moradores a chance de testemunhar o sol da meia-noite em seu verão, e a noite polar em seu inverno. Durante a fase escura, vi um dos maiores espetáculos da natureza: a Aurora Boreal, e suas luzes verdes a dançar no céu estrelado do Ártico.
Dona de uma natureza exuberante, com um clima subpolar, Svalbard possibilita aos seus visitantes e moradores a chance de testemunhar o sol da meia-noite em seu verão, e a noite polar em seu inverno. Durante a fase escura, vi um dos maiores espetáculos da natureza: a Aurora Boreal, e suas luzes verdes a dançar no céu estrelado do Ártico.
Além do frio que senti, – com direito a um início de frostbite em meu rosto - vi uma natureza única de animais que sobrevivem ao frio intenso, e a beleza de aves que migram todo o ano para Longyearbyen. Vi a vida, através das pequenas pétalas das flores, que se multiplicam para tentar sobreviver ao verão a embelezam ainda mais este lugar, que agora faz parte de minha história, e que ficará para sempre no meu coração.
Longyearbyen, cidade mais ao norte do mundo
Rena típica de Svalbard no inverno
Eskerfossen, cachoeira congelada
O transporte mais comum de Svalbard no inverno: o snowmobile
Aurora Boreal em Adventdalen, início de março
Tempelfjorden
Uma barraca estilo indígena, clareando o branco da paisagem.
Aves migratórias - o fim do inverno chegando
Navio Nordstjernen, final de agosto
Natureza viva sobre o gelo
Eu em Magdalenefjorden
Uma foca solitária, repousando sobre uma pedra
A estátua de Roald Amundsen, o maior explorador norueguês, na localidade de Ny-ålesund
domingo, 18 de setembro de 2016
a recíproca é verdadeira
Escrito por
ofilhodoblues
eu sinto o blues o tempo inteiro,
todo dia.[1]
é minha sina, nasci com má sorte[2],
dizem,
ao menos foi o que uma cigana disse a minha mãe[3];
nasci com o blues e pronto[4],
minhas 24 horas do dia cantam os blues
incansavelmente,
e eu canto junto.
afinal, se os problemas fossem dinheiro,
eu juro que seria um milionários[5];
como não posso perder o que nunca tive[6],
eu continuo bebendo[7]
e esperando o sol bater na minha porta
algum dia[8],
pois os tempos são difíceis onde quer que você vá[9];
porque, sabe, é tão difícil amar alguém
que não ama você[10],
até porque ninguém me ama, a não ser minha mãe,
e olhe que ela pode estar bincando também[11],
mas logo eu estarei morto e dormindo a sete palmos do chão[12];
pois bem, é tanto blues na cabeça que
não sei se sou eu que sugo o blues,
ou se é ele quem me suga;
se eu o respiro ou se é o blues
que me re(in)spira.
André Espínola
[1] B. B. King – Everyday I Have The
Blues
[2] Albert King – Born Under a Bad Sign
[3]
Muddy Waters – Gypsy Woman
[4] Memphis Slim – Born With The Blues
[5] Albert Collins – If Trouble Was
Money
[6] Muddy Waters – You Can’t Lose What
You Never Had
[7] Pinetop Perkins – I Keep On
Drinking
[8] Big Bill Broonzy – Trouble In Mind
[9] Skip James – Hard Times Killin’
Floor
[10]
Son House – Death Letter
[11] B. B. King – Nobody Loves Me But My
Mother
[12] Howlin’ Wolf – How Many More Years
sábado, 17 de setembro de 2016
Vida'mor
Escrito por
Unknown
Quero a poesia madura
fruto recém colhido do pé
sabe-se lá o que é
não quero rascunho, esboço, nem tristeza
quero a palavra suculenta
antes que o fruto apodreça
quero as estrelinhas do teu corpo
afago de brisa
e sopro
quero a loucura escaldante
comer a polpa, a carnadura
a infinita tessitura do instante
quero a saliva
o sabor-a-ti, o orgasmo revigorador
antes de mais nada
quero a vida e o amor
fruto recém colhido do pé
sabe-se lá o que é
não quero rascunho, esboço, nem tristeza
quero a palavra suculenta
antes que o fruto apodreça
quero as estrelinhas do teu corpo
afago de brisa
e sopro
quero a loucura escaldante
comer a polpa, a carnadura
a infinita tessitura do instante
quero a saliva
o sabor-a-ti, o orgasmo revigorador
antes de mais nada
quero a vida e o amor
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Chuva de canivetes
Escrito por
Júlio Freitas
Pensava em um rumo
todos ali esperavam
todas as gotas
todos os minutos
todos ansiosos
aos poucos
eles iam embora
sozinhos
casais
ou grupos
tão escuro
tão frio
tão nervoso
estava na parada
seu ônibus
nunca veio.
todos ali esperavam
todas as gotas
todos os minutos
todos ansiosos
aos poucos
eles iam embora
sozinhos
casais
ou grupos
tão escuro
tão frio
tão nervoso
estava na parada
seu ônibus
nunca veio.
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Assinar:
Postagens (Atom)