Se te seco a boca, lagrimeja
lábios meus
vem me do colo na arquitetura
dos seus traços
passivamente atenta-me, viciando
nítidos olhares
e ainda entendo que me recoloco,
correndo para antigos abraços
Sabes de uma coisa? Eu estava a
tua procura
me fortaleceram as pobres
esperanças
me tragavam e consumiam os
desejos, mas acordei cedo
antes da minha relevância
Será que quase nada seria
integrado ao ignorante passivo
Na medida em que tudo poderá
ser relevante
eu vivi, e na medida em que
também sobrevivi
fui a prova marcada do meu amor
intrigante
Sinto um sono referencial no que
me parece roubar a alma
aquecendo-me o café quando nada
satisfaz, apenas me retrai regurgitando aos normais
estou encurralado no xadrez
azulado da tua saia à me veres frustado
tentando ser sincero para lhe
dizer o que venero
Pois embora eu beba, ainda com
os olhos de ressaca eu não te esqueça...
2 comentários:
Amores que nunca passam, feridas que não cicatrizam...
Ainda que os horrores se desfaçam, os amores sempre nos paralisam...
Postar um comentário