sábado, 21 de novembro de 2009

Ensaio


guardei teu azul
nas vidrarias e na porcelana.
no cadinho, coloquei para secar.
teorias e ensaios.
teu azul coloriu de sonho
o que não havia para sonhar.
acordo mudo mútuo refratário.
no cadinho, coloquei para secar.
no laboratório de ensaios
as vidrarias quebradas
as cruzes retorcidas
tudo já foi usado.
em qual vidro restará
o que não foi apagado?
em qual estudo ressurgirá
do cadinho de porcelana trincado
o resto da tinta do teu olhar?

Um comentário:

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Lindos versos,mas retenho essa estrofe...

"em qual vidro restará
o que não foi apagado?"

Sabe muitas vezes n´so sabmeos,mas
fingimos o contrario, talvez pra
prolongar algo de esperança...
não sei bem.

Bjins entre sonhos e delírios