quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Meu Habitat

Corri firme pelos campos nevados das montanhas,
O céu era branco e pouco estrelado,
Árvores, pedras, rios e lagos... congelados,
Algo diferente havia em mim,
Sentia pelo corpo, sentia-me mais instintivo,
Eu mudei e buscava minha egrégora.

Notei cavernas escuras e geleiras imponentes,
Granizos caíam como estrelas pouco vívidas,
Na serenidade mortífera tudo era inóspito,
O frio e ventos incomodavam-me menos,
Minha aventura estava mais próxima do fim,
Abismos e cavernas agora eram meu território.

Vivi a edificante misantropia naquele lugar incrível,
Lá eu era livre de fardos da humanidade,
Em meu lar distante eu podia ser eu mesmo.
No alto da montanha observei o abismo,
E senti um poder interno crescente.

Rosnei e urrei, logo senti-me maior e poderoso,
Pesado e peludo, meus trajes sumiram,
Transformei-me em um grande urso polar.
Descansei em uma carverna escura,
Dormi entre meus parentes ursídeos.

Hibernei até a próxima estação, esperando por dias melhores.


- Mensageiro Obscuro.
Dezembro/2008.

Um comentário:

Carol Lisboa disse...

De tudo tira-se aproveito.