quinta-feira, 19 de março de 2009

Parasita do seu sexo.


Parasita do seu sexo.

Incandescente mistério nos corpos
Encontro no seu o que sei meu destino,
Prazerosa estação, inocente vício.
Divina alegria todas às vezes
Enraízo das razões botões a sua vontade,
Flores a adiantarem primavera na garganta,
Pormenores de minha boca cheia.
Perco dos dias sinais, horas, ganho alimento.
É sua pele o adubo certo ao meu fogo de germinar
(falo - doce suicídio).

Luzes em seus olhos explicam coisas mais,
A língua abraça sua fúria, molha a boa ventura,
Pernas formam um arco ao seu desejo de fecundar,
Visto é o caminho da cova, fértil terreno.
Revolve minhas entranhas,
Entranha devagar o escuro e preparado íntimo,
Conhece o tempo de chuva, volta aos meus lábios.
Bom semeador sabe bem, é sua a missão de florir-me,
Em seu gozo, minha doce ressurreição
(Parasita chovo flores).

Eliane Alcântara.

5 comentários:

JMJC disse...

Boa tarde Poetinha, adorei seu poeminha, descrição perfeitaaaaaaaaaaa!!!!!! !Mas todos nós ja conhecemos a Eliane a grandepoeta Mineira......! bjs

MPadilha disse...

muito boa mesmo!!
parabéns!

Anônimo disse...

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Giovani Iemini disse...

zymboo?

Rita Medusa disse...

impressionante,imagens aterradoras e deliciosas